Actualmente os frigoríficos preservam os alimentos frescos por alguns dias ou semanas e, com a evolução dos métodos agrícolas, podemos comer frutas e vegetais o ano inteiro. Mas quando não existiam frigoríficos nem frescos disponíveis todo o ano como se fazia para que não faltassem frutas e legumes à mesa?
A solução sempre foi preservarem-se em conservas de frutas e legumes, cozinhadas com açúcar, ora inteiras ou em pedaços, ou ainda triturados em puré. A verdade é que, mesmo actualmente, os alimentos preservados são bastante saborosos e podem ser um bom complemento a qualquer refeição.
Muitas vezes um amigo ou familiar dá-lhe um saco cheio de vegetais e frutas trazidos “da horta”, justamente no mesmo dia em que foi às compras… Noutras ocasiões os seus vegetais e frutos preferidos estão em promoção, entusiasma-se nas quantidades e quando chega a casa percebe que não vai ter espaço para os guardar. A solução para os aproveitar é criar conservas.
Seja em doces ou compotas, em conservas ou em geleias, não esquecendo a famosa marmelada, com as conservas vai poder levar para a mesa o sabor de um alimento distante da sua época. Estas conservas, devidamente acondicionados em frascos esterilizados e bem selados, resultam em deliciosos cremes doces e consistentes, que mais tarde lhe irão dar muitas alegrias. Pode usá-los, por exemplo, misturados num iogurte natural, como topping num bolo ou mesmo como complemento de um prato salgado.
Para que não hajam dúvidas sobre que nome colocar nos seus frascos, deixamos-lhe uma breve explicação sobre as diferenças entre as várias formas de conservar frutos e legumes. O elemento comum a todas elas? O açúcar. Quanto maior for a quantidade de açúcar, maior será o tempo de conserva. O importante é conseguir um bom equilíbrio.
Compota: a fruta ou os vegetais tendem a desfazer-se, transformando-se em puré. Ao pequeno-almoço, barre-a numa torrada ou acompanhe com iogurte natural.
Doce: feitos com fruta ou vegetais em pedaços ou inteiros, como o doce de figo ou o de abóbora (que tão bem acompanha uma fatia de requeijão).
Geleia: de consistência mais líquida, cor translúcida e cozinhado com mais água, combina bem com pratos de carne, como o borrego ou o cordeiro.
Conserva: preserva frutos inteiros ou partes numa calda açucarada, podendo ser cozinhada ou não. Bons exemplos são as conservas de pêra, de pêssego ou de ananás. A fruta vem já descascada e bem arranjada e é só tirar do frasco. Ideal para uma óptima sobremesa.
Marmelada: especialidade da cozinha regional portuguesa, é um puré cozinhado com açúcar em partes iguais e de consistência mais sólida.
Agora que já conhece as diferenças, prepare os frascos, descasque a fruta e os legumes, arrisque nas combinações e arranje espaço na sua despensa para alinhar todas as conservas. Não se esqueça de colocar os nomes às diferentes consistências e texturas.
Receitas
Aprenda a fazer compota de gengibre com limão. Experimente também os canapés de pato e compota de framboesa, o cheesecake com doce de framboesa e a trança de Páscoa.